quinta-feira, julho 23, 2015

Escrita meditativa

Sente o fio da espada a alimentar a onda do trovão  o mar pode lutar o soco e as gaivotas se comunicam com as estrelas os arrepios apontam para o alto da cabeça somos um coletivo sináptico a  escrever com os  dedos arqueados e alma enxuta de temores o obscurecimento da alma  é apenas a noite que amanhece sempre dá de ver o que é isqueiro com os olhos fechados as palavras caem da alma os penhascos onde brincam de escorregar o painel preto trás ameaças assoviam num feixe de luz aparece em meus olhos a janela mais alta grava as minhas futuras memórias.

segunda-feira, julho 20, 2015

Parede Eulália

Como pensamentos como visões
servidos em louças ancestrais
há paredes no gesso do gesto
a falar a olhar a escrever
a cantar as sinapses edificadas
sobre meus olhos:
marquises pictóricas 
capturam o tom da neblina
enquanto alguma determinação algorítmica, dorme 
minha bisavó conta estrelas.

sexta-feira, março 26, 2010

sigo andando linha esquerda, sinal vermelho ouço she e him pra não desacreditar da vida poderia ser she e she him e him que seja seja meus momentos de gloria e musica dialogando monólogos enlouquecidos "tell me you miss me dream a little dream of me" quanta doçura e o açucar causa diabetes e os vampiros do crepúsculo não morrem. pra mim já é noite e digo e sonho com golfinhos nadando na lua e espaçonaves que vêm me resgatar e penso estar louca mas é a minha razao submergindo e não possso abandoná-la. ainda é cedo. sigo otimista. mais uma noite de sonho.

terça-feira, abril 07, 2009





Este é o livro que foi lançado no dia 24/03, na livraria Midas, por mim e Edu. Do meu lado, poesias, mini-contos, do lado do Edu, contos.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Segue a tradução do clipe, da banda alemã Wir Sind Helden.
Peguei as palavras pelo avesso :)



Eu vejo, o que você pensa,
Eu penso, o que você sente
Eu sinto, o que você quer
Mas eu não te escuto

Eu emprestei um dicionário
Gritei de A a Z no teu ouvido
Eu depositei milhares de palavras confusas
E te puxo pelas mangas

E onde você quiser ir
Eu grudarei em tuas pernas
Quando você ja tinha reparado na boca
Então porque não na minha

Oh, por favor me dê apenas um oh
Por favor, me dê apenas um oh
Por favor, me dê apenas
Por favor por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um
Por favor me dê apenas uma palavra

Isto é loucura, como lindamente você se cala
Como a tua cabeça bonita se inclina
E então todas as pessoas do mundo e eu
Dão os ombros frios

Tua tenda é teu silêncio
Você se coloca no meio do mundo
Estica a amarra e se espanta
Mudo quando
Uma menina repara na noite

Em seus pés eu fico
Cabeça e colarinho
Eu quero movimentar grandes ondas
nas tuas profundas águas

Oh, por favor me dê apenas um oh
Por favor, me dê apenas um oh
Por favor, me dê apenas
Por favor por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um
Por favor me dê apenas uma palavra


Em meu sangue corre
A endorfina das urtigas
Quando atrás do teu sossego
Olhares de lebres enfebrecem os pensamentos

Oh, por favor me dê apenas um oh
Por favor, me dê apenas um oh
Por favor, me dê apenas
Por favor por favor me dê apenas um oh
Por favor me dê apenas um oh

terça-feira, setembro 23, 2008

Meu coração tá apertado, e dói, como essa espinha gigante que mora em cima da minha boca há três dias. Tá doendo. Desde ontem tô enjoada, a espinha ou o coração? Não Sissi, merthiolate não adianta. Se fosse daqueles que ardiam passando sobre a ferida, e que um sopro aumentava qualiquandamente os adjetivos de um mini vento... Mas estes novos não ardem mais. é a tecnologia indolor. não servem nem pra desviar a atenção da ferida para o ventinho. e mesmo assim, Sissi, não sei se é ferida exposta, pode ser uma contusão miocárdica. sabia que deveria ter posto o capacete. eu sei Si, tu tinha razão. é que ele é um pouco pesado e duro, difícil de colocar. ok, cansei de cansar. vem cá, me dá um beijo.

terça-feira, setembro 09, 2008

Hoje, dia pré-chuvoso e cimento, encontrei uma perna. Não era uma perna dessas bonitas, de moça alta perfumada que dança em fantasias despidas de carnaval. era uma perna de plástico, dessas de boneca, mesmo, daquelas de 1,99. apenas uma perna, de plástico. um plástico rígido, difícil de cortar, tive que esquentar a faca. comecei pelos dedinhos. dois e meio de cada lado. depois o afunilamento de canelas. duplo joelho. pronto tenho duas. duas pernas e uma faca quente. hm. é o bastante prum dia que penetra na pele como cal. então, tenho duas pernas e dois dedos e meio em cada. e uma faca já esfriando. preciso arrumar uma cabeça. preciso? hm... acho que se eu juntar algumas penas de passarinho, e algumas raízes, poderei fazer os cabelos. terei cabelos macios com cheiro de ferro e seres aéreos. boníssimo. será Sissi Ohnedichstein. Sissi Ohnedichstein. pernas e cabelos. vários rostos. um pra cada penteado ou posição de pernas. posso reesquentar a faca e fazer mais pernas. não, não é necessário. tenho minha Sissi. com duas é mais fácil de andar, de bicicleta, de patins, três não seria estranho? além do mais, se pode acionar os cabelos e voar ou então construir árvores. esqueci dos chás. podemos também, tomar chá de cabelo, Sissi. e passar longas tardes juntas. Sissi, seremos grandes amigas.